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Encontro anual da EFHCO
em Genebra

De 23 a 25 de setembro tive o prazer de estar no encontro anual da EFHCO ( European Federation of Healthcare Clown Organizations) em Genebra. Lá, junto com outros membros do HCRIN ( Heatlhcare Clowning Research International Network), ministramos oficina para outros pesquisadores ligados a organizações da federação sobre como desenvolver pesquisa nesta área.

Ética da Alegria
No Contexto Hospitalar

Em Ética da Alegria, a psicóloga Morgana Masetti apresenta sua visão sobre qualidade das relações estabelecidas no ambiente hospitalar, ressaltando questões referentes à técnica, hierarquização, distanciamento das relações e mercantilização da medicina. Em sua proposição, a autora aponta caminhos possíveis para o estabelecimento de relações de qualidade com pacientes hospitalizados.

Um pedaço de Vida
Tese do Doutorado

Um pedaço da minha vida está online. Ele se chama tese. Fui olhar o significado para entender onde a escrita deste trabalho se encaixava. Encontrei palavras que significaram este percurso: afirmação, proposição, trabalho a ser defendido. A tese Ética do Encontro, defendida em dezembro de 2018, é, antes de tudo, a afirmação da vida através dos encontros. Nesta última pesquisa…

Vozes
Narrativas de Saúde

O Projeto Vozes é um espaço para você deixar o relato sobre sua experiência relacionada a algum episódio de doença, hospitalização, recuperação. Um espaço para contar sobre suas descobertas, aprendizados, relação com profissionais de saúde, importância da família ou outro tema ligado a esta etapa de vida. A memória não é um órgão de mera recomposição dos fatos, com o…

Trecho 3 TEDx Morgana

Essa é uma parte da minha participação no TEDxUFRJ, onde contei minha trajetória profissional e as experiências que me fizeram mergulhar em pesquisas a fim de entender as relações construídas nos ambientes hospitalares e como a qualidade delas pode contribuir para o que chamo de “saúde contemporânea”. Atualmente me dedico a uma nova fase de pesquisa, entrevistando fundadores de organizações…

Trecho 2 TEDx Morgana

Me debrucei sobre a questão do humor dentro dos hospitais durante meu mestrado e os Doutores da Alegria foram ponto de partida preponderante. Comecei estudando a questão do humor na saúde, mas com a observação da atuação dos artistas nos hospitais percebi que o trabalho deles ia muito além disso. Até que me deparei com reflexões do Espinoza sobre alegria,…

Sentir é pensar sem ideias e por isso é compreender.” Fernando Pessoa
“Uma vida é curta para mais de um sonho.” Leminski
Deixei uma ave me amanhecer. "Manoel de Barros"

Seminários e Oficinas

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Eu sou Morgana Masetti, graduada em psicologia e mestra em psicologia social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, com formação em psicologia hospitalar pelo Instituto do Coração do Hospital das Clinicas de São Paulo. Desenvolvo projetos de saúde para organizações como indústrias Unilever, Fundação Vanzolini da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Credicard, Banco Itaú e em hospitais como o Hospital da Criança, auxiliando a formação de profissionais de saúde e concepção da visão de saúde. Trabalhei na Organização Doutores da Alegria desde 1993, e atualmente ministro cursos para profissionais de saúde no Núcleo de Pesquisa e Formação do grupo. Desenvolvo pesquisa sobre os efeitos da atuação dos palhaços dos Doutores da Alegria nos hospitais. Os resultados estão publicados nos livros Soluções de Palhaços – transformações na realidade hospitalar (1998 – Editora Palas Athena) e A ética da alegria no contexto hospitalar (2003- Editora Palas Atena/ relançado em 2012 pelo selo Sinergia da editora Singular, adaptação de sua tese de mestrado Boas Misturas: possibilidades de modificações da prática do profissional de saúde a partir do contato com os Doutores da Alegria – PUC 2001). Além disso, trabalho realizando oficinas e seminários em hospitais, universidades e outras organizações.

SEMINÁRIOS

A medicina, antes de um conjunto de técnicas, é um lugar sociológico de crenças e rituais para cuidar de questões fundamentais da existência humana. A medicina é um principio de formação da realidade como a arte e religião e revela, através de nossos sentidos, nosso imaginário sobre morte, vida, dor, sofrimento. Contudo, atualmente, a maneira como está estruturada a saúde dificulta a circulação adequada de gestos e palavras sobre este imaginário coletivo. A partir dos anos 90, a inserção de palhaços profissionais no cuidado de pacientes hospitalizados vem reinserindo potencia de ação com relação á afetos, comunicação, corpo, doença, saúde. A vida no hospital possibilita reinventar sentidos para os acontecimentos e o palhaço tem uma preparação profissional para construir relações de qualidade a partir da intensidade das experiências do hospital. Essa qualidade advém pela forma como o palhaço percebe a realidade. Ele é movido pela curiosidade e flexibilidade, pela atitude de valorizar a ação do outro por mais absurda que ela se apresente ao olhar racional. O palhaço incorpora os fatos recusados ou pouco falados ao momento, favorecendo a possibilidade de lidar com eventos geradores de tensão. Ele ajuda a lidar com a vulnerabilidade da condição humana, em um ambiente onde se exige a perfeição, com isso favorece a expressão de conflitos e dificuldades. Leva-nos a entrar em contato direto com nossos sentimentos, sem análises. Desse modo, estimula a capacidade de experimentarmos nossas emoções e aceitarmos diferentes possibilidades de reações , expandindo os limites de nossos comportamentos . Sua ação ensina que nada persiste e favorece nossa ligação com o acontecimento presente. Através desta filosofia de ação o palhaço propõe uma ética do encontro.Esta ética estabelece uma situação de cumplicidade e confiança nas relações e gera condições para que se estabeleçam espaços promotores de saúde. O seminário tem como objetivo, através de pesquisa de 20 anos sobre a atuação dos Doutores da Alegria – palhaços profissionais que atuam em hospitais – abordar questões centrais sobre o cuidado á saúde em nossos tempos e o papel do palhaço na medicina e na formação de sociedades saudáveis.

OFICINAS

As práticas artísticas geram experiências importantes de aprendizado. O trabalho de palhaços em hospitais é um importante exemplo: eles são promotores de boas misturas. Pesquisas tem mostrado que o palhaço profissional consegue estabelecer relações de alta qualidade dentro dos hospitais (Masetti sobre a atuação dos Doutores da Alegria:1998 , 2001, 2003, ). Essa qualidade advém, em parte, pela forma como o palhaço percebe a realidade. Ele é movido pela curiosidade e flexibilidade , pela atitude de valorizar a ação do outro por mais absurda que ela se apresente ao olhar racional. O palhaço incorpora os fatos recusados ou pouco falados ao momento, favorecendo a possibilidade de lidar com eventos geradores de tensão. Ele ajuda a lidar com a vulnerabilidade da condição humana, em um ambiente onde se exige a perfeição, com isso favorece a expressão de conflitos e dificuldades. Leva-nos a entrar em contato direto com nossos sentimentos , sem análises .Desse modo, estimula a capacidade de experimentarmos nossas emoções e aceitarmos diferentes possibilidades de reações , expandindo os limites de nossos comportamentos .

METODOLOGIA

A presença de uma criança na vida de um adulto abre uma brecha para que o inesperado aconteça. No seu modo de ver o mundo ela nos coloca, muitas vezes, em um lugar desconhecido. Essa demanda da criança breca nossa atividade cotidiana e pode ser um convite para que algo inusitado se expresse em nossos comportamentos. É através desta oportunidade que palhaços e crianças constroem brincadeiras , jogos e risadas . E também adquirem a oportunidade de se tornarem doutores na arte de se relacionar com outra pessoa . A compreensão deste fato nos levou a desenvolver espaços de encontro e aprendizagem. A metodologia utilizada é construída a partir de brincadeiras, jogos e exercícios visando trabalhar alguns princípios que regem a atuação do palhaço no hospital e seu encontro com a criança. A intenção é que cada pessoa entre em contato com questões relacionadas ao tema abordado de forma essencialmente prática. Rodas de conversa em grupo são organizadas ao final de cada bloco de atividades proporcionando reflexões sobre os exercícios.

COLABORADORES:

Thais Ferrara, graduada pela Escola de Arte Dramática da Usp. Trabalhou nos centros comunitários de Santo André ministrando oficinas de teatro, jogos e improvisação para o público morador; participou da ocupação do espaço Tendal da Lapa – em São Paulo – e a transformação deste espaço em Centro Cultural, celebrando esta ocupação com duas montagens teatrais realizadas com os moradores do bairro da Lapa e entorno, e texto extraído da memória local. Realizou concertos didáticos com a Orquestra Sinfônica Infanto-juvenil da Escola Municipal de Música “ A Orquestra e o Palhaço” apresentando junto aos jovens músicos, concertos didáticos, para públicos diversos. Trabalha com Doutores da Alegria há 19 anos desenvolvendo práticas artísticas no ambiente da saúde. Também fez formação em Psicologia.

Olivier Terreault, nascido no Canada, é ator, diretor, dramaturgo, formador, palhaço, contador de estórias, empreendedor social, conferencista e professor de meditação budista. Formado em dança pela Universidade do Quebec em Montreal, criou o grupo de teatro de pesquisa La Compagnie du Pont Fleurs, onde atuou e dirigiu durante 9 anos. Como palhaço, atua em hospitais e asilos há 13 anos. Foi cofundador da Associação Canadense de Palhaços Terapêuticos, e Cofundador, formador e codiretor artístico de Jovia, ONG que atua em mais de 30 instituições de saúde no Canadá. Desenvolveu uma linha de pesquisa do palhaço voltada à geriatria, especializada em doenças degenerativas. Atualmente no Rio de Janeiro, fundou o grupo Teatro do Sopro, onde está adaptando este trabalho para o Brasil. Tem participado de simpósios, dado palestras, formações, e colaborado com publicações sobre o palhaço em contexto hospitalar em algumas cidades do mundo. Ele é também um candidato de Ashoka, o rede internacional de empreendedores sociais. www.jovia.ca

Flavia Marco, formada pela Escola Picolino de Artes do Circo, é atriz e palhaça. Durante 3 anos participou do grupo de extensão da UFBA, Bobos da Corte, atuando em 4 espetáculos. Mas é com o grupo LUME, de pesquisas da UNICAMP, que faz sua formação como atriz e palhaça. Em 2000, fundou o grupo Palhaços para Sempre, primeiro grupo de palhaços dessa geração em Salvador (BA). Durante 10 anos o grupo manteve seu foco no treinamento do ator, criando espetáculos que são apresentados até hoje, e dando cursos de palhaço para atores e crianças. Em 2008 é contratada pela organização Jovia, no Canadá, e durante 4 anos atua em instituições de saúde, com crianças e idosos, participando de formações e simpósios. Em 2012 funda no Rio de Janeiro o Teatro do Sopro, dando cursos para grupos similares como: Doutoras Música e Riso (BRA), Projeto Enfermaria do Riso (UNIRIO), e Operação Nariz Vermelho (Portugal). Atualmente o grupo pesquisa técnicas de atuação direta com públicos de diferentes idades, estados cognitivos, em instituições de saúde e espaços não-convencionais. www.teatrodosopro.blogspot.com